Borja,  uma realidade diferente da expectativa

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Por Fábio Augusto*

Miguel Angel Borja, colombiano, 24 anos, eleito o melhor jogador da América em 2016 e do futebol colombiano no mesmo ano, eleito o 97° melhor jogador do mundo pelo jornal espanhol Marca, com 52 jogos e 39 gols marcados, uma temporada mágica e um pouco atípica na carreira do jogador.

Em 2011, com apenas 17 anos, foi revelado pelo tradicional Deportivo Cali-Col e levou cinco anos para atrair atenção do mundo para o seu futebol. O sucesso e até o momento o ápice da carreira veio apenas no início de 2016, com uma ótima passagem pelo modesto Cortula, também da Colômbia, marcando 22 gols em 27 partidas disputadas. O atacante veloz e com faro de gol foi contratado pelo Atlético Nacional-Col como a grande esperança de ser o homem chave para a conquista do título sul-americano do mesmo ano.

O título veio com Borja marcando cinco gols, sendo quatro na semifinal diante do São Paulo e o gol do título contra o Independente Del Valle, do Equador. Além da taça,  ganhou também o apelido de Rei das Américas e se tornou o objeto de desejo de diversas equipes do continente. Finalmente o sucesso chegava  para o atleta de 23 anos.

No dia 09 de fevereiro de 2017, após uma longa negociação, o Palmeiras, com a ajuda do seu patrocinador pagou 34,7 milhões de reais por 70% dos direitos econômicos do jogador, dois dias depois, centenas de torcedores amanheceram no aeroporto de Guarulhos para receber o novo xodó e forte candidato a ídolo.

Dois gols, nos dois primeiros jogos, titular absoluto, abraçado pelos torcedores e pelo elenco, Borja tinha tudo para deslanchar com a camisa Alviverde, porém, a realidade não foi bem essa. Com o técnico Eduardo Baptista alternou bons e maus momentos. Na apresentação do técnico Cuca, o comandante declarou que o colombiano por ser jovem e estar um novo país precisaria da sua confiança e tranquilidade para finalmente ser o artilheiro do time.

Na abertura do Campeonato Brasileiro,  titular e mais dois gols para conta, entretanto, a titularidade durou por apenas 3 jogos. No Clássico contra o São Paulo, Borja ficou no banco de reserva e deu início a oscilação entre titular e suplente, mais uma vez todos ficaram apenas na expectativa.

De aclamado pela torcida, Borja, já está sendo questionado pela dificuldade em jogar sem a bola, pela aparente falta de vontade em alguns lances e principalmente pelo fraco desempenho de gols,  apenas sete em 28 jogos, sendo quatro no Campeonato Paulista e três no Brasileirão, na Libertadores, principal competição da equipe ainda não marcou.

Fica a pergunta qual Miguel Borja, o Palmeiras contratou?  O melhor jogador da América e Top 10 entre os artilheiros do Mundo em 2016, ou aquele Borja que não teve bom desempenho na Itália,  Argentina  e alguns times da Colômbia, marcando apenas 14 gols nas temporadas 2013, 2014 e 2015?

*Repórter esportivo da Equipe Gol de Placa, Nova Estação

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