108 anos do Corinthians – Por Thainá Jhenifer

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No dia 1° de setembro de 1910, cinco operários de baixa renda se reuniram de forma singela sob a luz de um lampião, na esquina da rua Cônego Martins com Jose Paulino, no bairro do Bom retiro São Paulo, com um sonho em comum. Fundar mais que um Clube de Futebol, fundar um time para o povo!

Inspirado na equipe inglesa Corinthian-Casuals Football Club, surgia o Sport Club Corinthians Paulista. Um time que veio para dar voz, oportunidades e alegrias para aqueles que até hoje são considerados “sofredores”, e significa muito mais do que um time. Representa o operário vencendo a elite. Representa o povão encarando os ricos, saindo da várzea para ser protagonista entre a elite. É um orgulho transformado em ideologia e revelado através de uma grande história. Como disse seu primeiro presidente; o alfaiate Miguel Battaglia “O Corinthians vai ser o time do povo e o povo é quem vai fazer o time”.

O Corinthians nunca foi coadjuvante. Ele é protagonista. Na crise, na fase boa, na liderança ou na lanterna. Isso não é “comprado”, não é “sorte”, é apenas mérito de quem conseguiu se transformar num gigante saindo da lama. O Corinthians nasceu pobre, mas nunca foi pequeno.

E hoje, completando 108 anos. De glórias. De histórias. De sofrimento. De superação. E principalmente, de felicidade. É um dia de todos aqueles que fazem parte do bando de loucos. Desde daquele que viaja o mundo para poder acompanhar o time, até aquele que não perde um jogo na TV. E também daqueles que de alguma forma gravaram seu nome na história do Clube, seja com grande reconhecimento ou apenas nos bastidores, ajudando a fazer o espetáculo que todos gostam de prestigiar, seja por ódio ou por amor.

Presidentes, dirigentes, torcedores, conselheiros, jogadores, funcionários, roupeiros, faxineiras, atletas, treinadores, telespectadores, ajudantes, simpatizantes, ANTIS, loucos, apaixonados, devotos de São Jorge, parceiros de arquibancada, torcedores de numerada, irmãos que não tem o mesmo sangue, mas fazem parte da mesma família. Cada um sabe da importância que o Corinthians tem pra si.

E o bando de loucos?! Esse continuará sempre crescendo, de geração em geração. Independente dos títulos, crises, rebaixamentos e má administração, simplesmente porque Corinthiano não vive de nada disso, Corinthiano vive de Corinthians.

“Grandeza, quando não se explica, é porque é maior do que pode ser explicado. E assim é o Corinthians”.

Thainá Jhenifer é editora da página Apaixonadas por Futebol

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