Érica Sena, a melhor marchadora da história no País, ainda vive os sobressaltos causados pela pandemia da COVID-19. Depois de mais de três meses trancada em casa – treinando só em esteira -, em Cuenca, no Equador, onde vive com o marido Andrés Chocho, ela pode treinar nas ruas e na pista de sua cidade, mas ainda não está confortável. Ela está qualificada para a prova dos 20 km.
“Meu corpo mudou um pouco nesta quarentena, continuo pesando a mesma coisa, mas com algumas mudanças. Estou voltando aos poucos aos treinos fortes e recuperando o que perdemos”, disse a atleta do Pinheiros, quarta colocada nos 20 km do Mundial de Doha-2019, quarta no Mundial de Londres-2017 e sexta no Mundial de Pequim-2015.
A pernambucana de Camaragibe, nascida a 3 de maio de 1985, está tendo dificuldades em seguir as regras de segurança impostas pelas autoridades do Equador. “O problema aqui é que temos de treinar com a máscara, o que dificulta muito. Além disso, tem muita gente saindo às ruas para correr, muitos sem nenhuma proteção”, lembrou Érica, recordista brasileira dos 20 km, com 1:26:59, marca obtida em Londres no dia 13 de agosto de 2017.
A atleta, que venceu este ano a Copa Brasil Caixa de Marcha Atlética, realizada no dia 16 de fevereiro, no Recife, aguarda agora a oportunidade de voltar a treinar na Europa.
“Estou ansiosa para ter mais tranquilidade na preparação e recomeçar de fato os treinos para a Olimpíada de Tóquio. Meu objetivo é brigar por uma medalha em 2021”, comentou a marchadora, sétima colocada nos Jogos Rio-2016 e dona de duas medalhas em Jogos Pan-Americanos: prata em Toronto-2015 e bronze em Lima-2019.
Medalha de bronze na Copa do Mundo de Roma-2016, Érica Sena está na lista das melhores atletas do planeta na especialidade. Tanto assim que terminou em terceiro lugar no Circuito Mundial de Marcha Atlética, reconhecido pela World Athletics (ex-IAAF), no ano passado, e foi vice-campeã de 2018.