O nadador Gabriel Bandeira, de 21 anos, conquistou a primeira medalha de ouro para o Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Na manhã desta quarta-feira (25), Gabriel venceu os 100m borboleta, pela classe S14 (para atletas com deficiência intelectual), com o tempo de 54s76, marca que também valeu o novo recorde paralímpico da prova para o brasileiro.
A prata ficou com Reece Dunn, da Grã-Bretanha (55s12), enquanto o australiano Benjamin Hance foi o medalha de bronze (56s90), em final que foi disputada no Centro Aquático de Tóquio.
Até os 11 anos de idade, Gabriel, natural de Indaiatuba (SP), competia na natação convencional. Após algumas dificuldades de evolução nos treinamentos, ele foi submetido a alguns testes, que constataram uma deficiência intelectual.
No ano passado, o nadador participou de sua primeira competição paralímpica e, na ocasião, quebrou quatro recordes brasileiros. Já em 2021, bateu seis recordes das Américas.
“Acho que dentro do possível, [o ouro foi] mais do que o esperado. Tivemos um imprevisto. Ficamos mais tempo dentro do quarto do que o esperado. Tenho mais cinco provas. Foi bom quebrar o gelo com ouro [risos]”, disse Gabriel Bandeira em entrevista ao SporTV.
Mais cedo, na prova dos 100m costas pela classe S2, o mineiro Gabriel Geraldo conquistou a primeira medalha do Brasil nos Jogos Paralímpicos ao ficar com a prata na disputa.
Somando estes pódios, o Brasil já conquistou 303 medalhas na história dos Jogos Paralímpicos.
Além disso, com esta vitória de Gabriel Bandeira, o país chegou a 88 medalhas de ouro – faltando 12 para a 100ª. Ainda são 113 de prata e 102 de bronze. Vale ressaltar que o país está entre as 20 nações que mais medalharam em toda a história do megaevento paradesportivo.
Classificação da natação
Além dos quatro estilos (livre, costas, peito e borboleta), os nadadores são divididos por deficiências.
As classificações sempre começam com S (de swimming), sendo que o estilo peito também é representado pela letra B, ou seja, pela sigla SB. Do S1 ao S10, competem atletas com limitações físico-motoras. Do S11 ao S13, nadadores com deficiência visual.
E, no S14, nadam os esportistas com deficiência intelectual. Quanto maior o grau de comprometimento, menor o número da classe.