Brasil é bronze em Mundial de Wushu

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epois de representar o país em Macau, na China, a delegação brasileira de wushu retorna ao Brasil com muita experiência na bagagem e uma medalha inédita para o esporte universitário. O atleta Davi Guimarães, estudante de Educação Física da Anhanguera –DF, conquistou o terceiro lugar na modalidade Sanda (luta de contato).

Aos 22 anos, Davi, que já foi campeão sul-americano na categoria de base e bicampeão brasileiro na categoria adulto, fala da experiência de participar de um mundial universitário.

“Foi uma competição muito importante, consegui ver os melhores atletas da minha modalidade, deu pra conhecer um nível maior de técnica, conhecer uma cultura nova, entender melhor como é estar em uma competição mundial já que foi a minha primeira. Infelizmente já fui lesionado e ocorreu uma nova lesão durante a competição, mas ainda sim consegui trazer o bronze. O objetivo agora é treinar ainda mais para melhorar meu nível, melhorar da lesão e nos próximos trazer um ouro para o Brasil”.

O universitário Jonathan Bezerra também representou o país na China. Diferente de Davi, Jonathan competiu na modalidade Taolu, que consiste na apresentação dos movimentos da luta e não no combate. Para o estudante da UNB-DF, a experiência de representar o país em um mundial é única.

“É um campeonato muito desafiador, desde que soube que participaria, treinei para dar o meu máximo. Chegando lá a gente percebe que o nível é extremamente alto, é um pouco assustador competir com atletas que treinam mais de 10 horas por dia. Mas para mim, eu não estava só representando o Brasil, numa competição dessas você representa tudo o que você passou. Quando a gente chega lá, não importa o cansaço, não importam os obstáculos, você tem que fazer o seu melhor, não tem como fazer menos do que isso”, finaliza o universitário.

Responsável pelo treinamento técnico dos atletas e chefe da delegação brasileira no mundial, Daniel Dionisio comenta que a medalha de bronze vem coroar um bom momento da modalidade Sanda no Brasil, mas no Taolu ainda há um caminho longo a ser percorrido.

“No combate estamos passando por uma evolução muito grande, mas na parte da apresentação ainda estamos engatinhando. As grandes potências são da Ásia, então ainda é bem difícil competir. Mas isso é muito importante para a modalidade. Levar os dois atletas para essa competição já foi um passo muito grande para o Brasil”, comenta.

Dionisio acredita que no próximo ano, mais atletas universitários irão se inscrever para os campeonatos de wushu devido ao bom resultado na China. O técnico tem esperanças de que cada vez mais atletas se interessem nas competições, o que ajudaria a aumentar o nível brasileiro nas disputas internacionais.

CBDU

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