Primeira etapa tem título para Vitor Felipe/Renato e Rebecca/Talita

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O dia de sol no Rio de Janeiro (RJ) começou quente na Escola de Educação Física do Exército (EsEFEx). Na manhã deste domingo (26.09), o local, na zona sul carioca, foi palco das finais da primeira etapa do Circuito Brasileiro Open de Vôlei de Praia 2021.

Vitor Felipe/Renato (PB) e Rebecca/Talita (CE/AL) ficaram com o título, o primeiro de cada parceria.

No primeiro duelo decisivo do dia Vitor Felipe e Renato (PB) viraram o jogo contra Evandro e Álvaro Filho (RJ/PB) com parciais de 14/21, 21/13 e 15/11.

A dupla paraibana se formou no final da última temporada, e já tinha jogado seis torneios, conquistando duas medalhas – prata em uma etapa Challenger e bronze em uma etapa Open.

O título deste domingo é o primeiro da parceria, e o terceiro da categoria para Vitor Felipe. O atleta, que teve dengue pouco tempo antes da estreia, falou sobre a superação ao longo do torneio e o entrosamento com Renato, companheiro de treino em João Pessoa (PB) antes mesmo de formarem um time.

“Aqui no Circuito Brasileiro a gente joga contra todo mundo, então todos se conhecem muito bem. Nós viemos para esta etapa muito certos taticamente e acreditando em nosso potencial. Eu e Renato já treinávamos junto e isso adiantou muita coisa em nosso entrosamento em quadra. Nesta etapa tem um elemento de superação, tive dengue poucos dias antes da abertura da temporada, e me recuperei em cima da hora. O Renato me ajudou muito, foi um gigante e liderou o time em quadra na maioria dos jogos. É muito bom começar com título, mas temos muito o que consertar ainda”, falou Vitor.

O jovem Renato, de 21 anos, chegou ao primeiro título de Open da carreira. O atleta, que já tem diversas conquistas na base, incluindo mundial sub-19 e sub-21 (duas vezes), comemorou a façanha desde domingo.

“Eu estou muito feliz. É como eu penso, quem tem muita vontade sempre consegue, quem trabalha duro, todo dia, e quer chegar lá, consegue. Graças a todos que estão comigo, todos que me apoiam diariamente, eu pude chegar a esse ouro. Agradecer ao Vitor, que é um parceiro gigante, que me ajuda demais dentro de quadra com toda experiência dele. A gente vai trabalhar mais, para conseguir mais vezes chegar ao topo. A gente sabia que eles se juntaram agora, não têm tanto entrosamento, mas é uma dupla de gigantes. A gente planejou muito bem esse jogo e deu tudo certo”, comentou Renato.

Pelo naipe feminino Rebecca e Talita conquistaram o título logo na primeira competição da nova parceria. Elas venceram Bárbara Seixas e Carol Solberg (RJ) por 2 sets 0 (21/18 e 21/15).

Com a vitória na abertura da temporada 2021, Talita alcançou a marca de 44 títulos em torneios Open. Para a atleta de 39 anos e três participações olímpicas, a marca é significativa, mas mais importante é manter a motivação e os desafios.

“Fico feliz com o resultado, é uma vida toda dedicada ao esporte. Sempre disse que jogaria enquanto estivesse em alto nível, e a barreira da idade foi quebrada há muito tempo. Eu vivo de desafios, e depois do ciclo do Rio (2016), eu procurei novos desafios. E o convite da Rebecca foi um grande desafio, conversei com o Renato (França), primeiro no papel de marido, depois como técnico e vimos que era importante. Este primeiro passo não é um retrato fiel do que seremos como dupla, ainda teremos derrotas e outras conquistas. Mas estou muito feliz em começar com um título”, avaliou Talita.

Depois de participar dos Jogos em Tóquio, a etapa na Urca é a primeira competição oficial de Rebecca. Sobre a nova parceria, a atleta elogiou bastante Talita.

“A Talita é uma pessoa muito boa, é uma ótima parceira. Ao assistir os jogos dela dá para perceber que ela ajuda, como ela é calma, passa tranquilidade, é muito madura. Era mais ou menos o perfil que eu procurava. Então eu sabia que ia encaixar, não imaginei que ia ser tão rápido. A gente tentou fazer o básico e deu certo. Fiquei muito feliz”, falou Rebecca que ainda fez um balanço sobre o impacto da experiência olímpica na continuidade da carreira.

“A experiência foi muito boa, foi muito válida. Acho que voltei das Olimpíadas bem mais madura. E você já volta pensando na outra, você já se vê lá de novo, no ápice que o atleta quer chegar. E eu já sei como é o trabalho, como funciona para chegar lá. Acho que a Talita vai me ajudar muito, ela tem três Olimpíadas nas costas, eu fui para minha primeira. Acho que vai dar certo, mas a gente vai pensar numa coisa de cada vez, um dia de cada vez, nos torneios. Tem muita coisa para acontecer ainda”, completou Rebecca.

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