O wrestling do Brasil voltou ao pódio dos Jogos Pan-americanos de Lima 2019. E é a terceira medalha das mulheres da modalidade na competição disputada no ginásio do Coliseu Miguel Grau, em Callao, Lima. Depois do bronze de Giulia Penalber ontem, nesta sexta (09) foi a vez da prata de Aline Silva, na categoria até 76kg, e do bronze de Lais Nunes, na categoria até 62kg, do estilo livre.
A primeira medalha do dia no wrestling foi de Laís. E logo na primeira participação dela em uma edição de Jogos Pan-americanos. Depois de sofrer um revés diante da norte-americana Kayla Miracle na luta de estreia por superioridade técnica (10 a 0), a brasileira foi repescada e pode voltar na disputa pela medalha bronze contra a venezuelana Nathali Herrera. Lais fez uma luta segura e venceu por 4 a 1 para ficar com um do terceiros lugares.
Kayla Miracle ficou com ouro, a colombiana Jacqueline Rentería com a prata e Abnelis Miranda, de Porto Rico, completou o pódio.
“Estou muito feliz pela medalha, meus primeiros Jogos Pan-americanos. Eu realmente vim procurando a de ouro, trabalhei duro, mas hoje foi o dia da americana. Quando você tem a oportunidade de conquistar a medalha, tem que ir tudo. Eu fui com muita vontade. Me recompus, sacudi a poeira e dei a volta por cima. Quando você supera as dificuldades e conquista algo que você queria de todo o coração, tem que vibrar muito”, disse Laís.
Aline Silva fechou a participação do wrestling feminino brasileiro nos Jogos Pan-americanos com a medalha de prata na categoria até 76kg. A brasileira conquistou a terceira medalha da carreira em Jogos Pan-americanos e se tornou a atleta com maior número de pódios do Brasil. Além da prata em Lima, Aline ficou com a medalha de prata nos Jogos de Guadalajara 2011 e o bronze nos Jogos de Toronto 2015.
“Quase conquistei o ouro que faltava para completar minha coleção, mas eu chego lá. Estou muito feliz porque fiquei pouco mais de 10 meses afastada por lesão. Meu retorno foi melhor do que eu esperava. Fui para uma temporada na Europa fazer três competições e cheguei ao pódio em todas, com duas finais. O tempo que fiquei afastada não me atrapalhou, eu voltei super bem pra competir. Estou muito confiante no trabalho que a gente está realizando para Tóquio”, disse Aline, que ainda comentou sobre o próximo objetivo.
“No Mundial, os cinco primeiros colocados se classificam para os Jogos Olímpicos e eu vou com a intenção de buscar essa vaga logo”.
Na capital peruana, Aline estreou com vitória sobre a anfitriã Diana Arroyo por 7 a 0. Na semifinal, a brasileira enfrentou a revelação cubana Mabelkis Capote de apenas 21 anos e venceu por 2 a 1. Na luta final, Aline virou o primeiro round com 1 a 0 no placar em virtude de uma punição aplicada contra a canadense Justina Di Stasio.
Mas na segunda etapa, Aline também foi punida por passividade e Di Stasio ficou em vantagem no critério de desempate. A brasileira ternou um último golpe e o córner brasileiro lançou o desafio.
A arbitragem não alterou a pontuação e concedeu mais um ponto para a canadense que fechou a luta por 2 a 1 e levou a medalha de ouro.