Revezamento 4×400 m misto garante vaga olímpica no Mundial de Doha

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O Brasil assegurou vaga olímpica no revezamento 4×400 m misto neste domingo (29/9) no Estádio Internacional Khalifa, no Mundial de Doha, Catar. A equipe foi formada por Lucas Carvalho (FECAM), Tiffani Marinho (Orcampi), Geisa Coutinho (Pinheiros) e Alexander Russo (Orcampi) – o treinador da prova na seleção é Evandro Lazari – e ficou na oitava colocação (3:16.22), garantindo presença nos Jogos Olímpicos de Toquio 2020. Será a primeira vez que a prova será incluída no programa olímpico do atletismo.

O grupo fez um tempo pior que o da qualificação, quando o time foi 6º no geral e bateu o recorde sul-americano, com 3:16.22. Na qualificação, o Brasil teve Anderson Henriques (Sogipa), Geisa Coutinho, Tiffani Marinho e Lucas Carvalho.

“O bom é que o nosso revezamento vem crescendo e a tática a gente adquire com campings, treinamentos. O objetivo aqui foi cumprido, que era classificar a equipe para os Jogos Olímpicos e conseguimos”, afirmou Geisa Coutinho.

“Cumprimos o objetivo de classificar para os Jogos Olímpicos. As principais equipes fazem isso e parece uma tática certeira correr com homem, mulher, mulher, homem e provavelmente vamos manter isso”, observou Alexander Russo. “Temos condições totais de correr ainda mais rápido, perto de 3:15, 3:14 para os Jogos Olímpicos”, acrescentou.

Os Estados Unidos levaram a medalha de ouro no 4×400 m misto com recorde mundial, em 3:09.34, a Jamaica ganhou a prata (3:11.78) e o Bahrein o bronze (3:11.82).

O velocista Aldemir Junior chegou a ser anunciado pela IAAF como qualificado para a semifinal dos 200 m rasos – o q minúsculo, que indica qualificação por tempo, apareceu na frente do seu nome. Aldemir correu na quarta de sete séries e fez o tempo de 20.44 (0.8 m/s). O nome do atleta brasileiro também apareceu no start list da semifinal, mas na madrugada desta segunda-feira (30/9) em Doha, nova lista de saída foi publicada já sem o nome de Aldemir.

O jamaicano Andre Ewers, com 20.41 (0.2 m/s), que havia sido desqualificado por pisar na linha, voltou para a lista da semifinal.

“Saiu um start list às 21 horas com o nome do Aldemir e depois um outro a meia noite e 50 já sem. O jamaicano havia sido desclassificado, mas a IAAF retornou com o nome dele, provavelmente por recurso impetrado e ganho pela Jamaica”, explicou o treinador chefe do Brasil João Paulo Alves da Cunha.

Aldemir (Pinheiros), que treina com Vania Ferreira Valentino da Silva, não chegou perto de sua melhor marca nos 200 m – 20.13, feita em julho deste ano de 2019 em Segóvia, na Espanha. “Fico um pouco chateado de não ter repetido minha melhor marca ou feito um tempo próximo da minha melhor marca”, disse o carioca Aldemir, de 27 anos.

Já Paulo André Camilo de Oliveira (Pinheiros), treinado por Camilo Oliveira, que correu na primeira série não avançou para a semifinal. Fez 20.75 (0.5 m/s) – sua melhor marca na distância este ano é de 20.29, feita em abril, em Claremont (EUA). “É minha prova também, embora eu tenha treinado mais para os 100 m este ano. Mas eu vim para fazer uma boa prova e não consegui. Mas não tem desculpa nenhuma. Entrei dei o meu máximo e vou continuar lutando”, afirmou Paulo André.

Agora, o foco principal dos velocistas do Brasil passa a ser o revezamento 4×100 m. “É claro que eu tinha os meus objetivos individuais, mas a nossa realidade é o 4×100 m. Então agora, o foco principal é esse”, acrescentou.

Almir Júnior (Sogipa), que treina com José Haroldo Loureiro, o Arataca, não foi bem no salto triplo – queimou as duas primeiras tentativas e se desequilibrou na terceira (15,01 m), não avançando na decisão por medalha. “Não era o resultado que eu esperava, mas estou sempre somando coisas novas no aprendizado. Eu tenho aprendido muito e quero levar tudo isso para Tóquio”, acentuou Almir.

Christian Taylor, dos Estados Unidos, levou o ouro no triplo com 17,92 m (0.9 m/s) e seu compatriota Will Claye ficou com a prata (17,74 m, 0.9). O bronze ficou com Hugues Fabrice Zango, de Bukina Faso (17,66 m, 0.5).

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