Arthur Zanetti está de volta ao pódio em um Campeonato Mundial. O ginasta conquistou nesta sexta-feira (2/11/2018) a medalha de prata nas argolas no 48º Mundial de Ginástica Artística, em Doha (Catar), com a nota 15.100. “Fiz a minha melhor prova do ano”, disse Arthur, de 28 anos, que ganhou o ouro no Mundial da Antuérpia (2013) e foi prata em Tóquio/2011 e Nanning/2014. Foi a quarta medalha de Arthur em seu sétimo Mundial.
“Voltei ao pódio em um Mundial, estou muito satisfeito, muito feliz com esse resultado. Nem sempre a melhor prova é aquela com a melhor nota, mas pela prova em si, senti que foi a melhor do ano. Todos os giros foram estendidos, não teve mexida (nos cabos das argolas) e cravei a saída. Foi a melhor série que fiz. Agora, é continuar trabalhando”, avaliou Arthur, que melhorou sua nota na final em relação à qualificação (15.033), disputada há uma semana.
Arthur está confiante em chegar na Olimpíada de Tóquio, em 2020, para brigar por mais uma medalha olímpica – tem o ouro de Londres/2012 e a prata do Rio/2016. “Todo o nosso trabalho é voltado para 2020 – aqui, demos um passo. No ano que vem, teremos mais um passo. Temos algumas competições e mais alguns treinos difíceis para encarar até 2020, mas acho que estou no caminho certo.”
Em Doha, no primeiro passo rumo a Tóquio, Arthur atingiu seus objetivos. Liderou a seleção brasileira na busca pela final por equipes, disputando, além das argolas, o salto e o solo. O Brasil terminou na 7ª posição, com o ginasta participando dos três aparelhos – fez 15.033 nas argolas, 13.866 no solo e 13.633 no salto. Com o resultado, o Brasil está classificado para o Mundial de 2019, em Stuttgart (Alemanha), em que nove equipes vão garantir a vaga olímpica.
Arthur dividiu o pódio com o grego Eleftherios Petrounias, ouro com 15.366, e com o italiano Marco Lodadio, bronze com 14.900. Mais uma vez, havia grande expectativa pela rivalidade com o grego, que, junto com o brasileiro, tem dominado a disputa de argolas. Arthur, entretanto, faz questão de frisar que Eleftherios é um amigo e que a disputa entre os dois se dá apenas dentro do ginásio.
“Ele é uma grande pessoa e um grande atleta. A gente conversou muito nos dois últimos dias que nos encontramos no ginásio de treino. Ele vai fazer uma cirurgia (no ombro esquerdo) e dei algumas dicas – eu já fiz duas, e é a primeira dele. Falei do tempo de recuperação, como faz para se recuperar bem… estou feliz pelo resultado dele, e espero que ele tenha uma boa cirurgia e uma boa recuperação.”
