As duplas brasileiras conheceram nesta terça-feira (04.06) os adversários da fase de grupos do Campeonato Mundial de vôlei de praia 2019, que será realizado em Hamburgo (Alemanha). A competição é realizada de dois em dois anos e será disputada entre os dias 28 de junho e 7 de julho. O Brasil será representado por quatro times em cada gênero.
As datas e horários das partidas ainda serão divulgadas pela Federação Internacional de Voleibol (FIVB). O Brasil é o maior vencedor em Campeonatos Mundiais, tendo conquistado sete títulos no naipe masculino e cinco títulos no naipe feminino em 11 edições disputadas até hoje.
No naipe feminino, as estreantes em Campeonatos Mundias Ana Patrícia e Rebecca (MG/CE), cabeça de chave número 4 do torneio, terão pela frente no grupo D as espanholas Liliana/Elsa Baquerizo, as alemãs Bieneck/Schneider e as ruandenses Nzayisega/Hakizmana.Apesar de estreantes, a mineira e a cearense possuem melhor ranking dos times brasileiros. O técnico do time, Reis Castro, analisou a chave.
“É uma chave forte, difícil. São dois grandes times. As espanholas e as alemãs são duas ‘leoas’, times de qualidade, experientes. As meninas de Ruanda, na teoria, são menos experientes, não disputam o circuito, mas todo cuidado é pouco. Mas também não podemos esquecer da qualidade do nosso time, estamos exibindo um conjunto sólido diante de times consagrados”, disse Reis.
Ágatha e Duda são cabeça de chave número 6 e estão no grupo F, onde enfrentam as chinesas Wang/Xia, as japonesas Ishii/Murakami e as cubanas Mailen/Leila. Vencedora do Campeonato Mundial em 2015, quando foi eleita MVP do torneio, Ágatha comentou sobre a chave em Hamburgo.
“Cuba é um adversário que temos que estar atentos. É uma dupla que não disputa muitas etapas do Circuito Mundial, mas, diferente de algumas duplas que se classificam por torneios continentais e possuem um nível técnico um pouco menor, menos experiência, Cuba sempre chega muito forte. É um grupo de atenção às especificidades de cada adversário. Os times asiáticos defendem muito bem e possuem boa leitura de jogo, possuem essa característica. Já enfrentamos tanto as japonesas e chinesas”.
No grupo J, Carol Solberg/Maria Elisa, cabeça de chave 10, encara as norte-americanas Larsen/Stockman, as alemãs Ludwig/Kozuch e as nigerianas Nnoruga/Franco. Maria Elisa, bronze nas edições de 2009 e 2015, comentou sobre as adversárias do grupo e lembrou que a pontuação do Campeonato Mundial pode ser fundamental na corrida olímpica.
O campeão de um torneio quatro estrelas soma 800 pontos, contra 1.000 pontos por um título no evento bienal de Hamburgo, que pode fazer times subirem na corrida.
“A Copa do mundo já é um torneio diferente por si só, esse ano, com a corrida olímpica, fica ainda mais especial. São realmente os melhores times do mundo, então não dá nem para pensar em escolher adversário. Conhecemos bem o time alemão e o americano, então vamos nos preparara bastante para esses confrontos. Já o time da Nigéria, vamos precisar nos adaptar ao longo da partida. Mas é essencial pensarmos no nosso time primeiro. Entrarmos concentradas e unidas para conseguirmos desenvolver nosso jogo. É um torneio importantíssimo e que pode fazer diferença para os nossos objetivos”, declarou.
Fechando a lista, no grupo L, Fernanda Berti/Bárbara Seixas, cabeça de chave 12, enfrenta as finlandesas Lahti/Parkkinen, as eslovacas Strbova/Dubovcova e as mexicanas Orellana/Revuelta. Bárbara Seixas, campeã na edição de 2015, teve pela frente na final Fernanda Berti, agora sua parceira. A carioca analisou as particularidades do grupo.
“Vale o mesmo que para todas as etapas do Circuito Mundial, todos têm que entrar em quadra e jogar. Com exceção de alguns países convidados e que estão iniciando suas atividades com o vôlei de praia, não existe nenhum jogo tranquilo. Temos que entrar em quadra dando nosso melhor sempre, se isso for resultar numa vitória, ótimo. Nosso grupo possui jogadoras experientes, que não chegaram no circuito ontem. Vamos entrar muito atentas e sempre respeitando nossos adversários. Nessa primeira fase os times vão pegando o ritmo de jogo da competição, normalmente com um jogo por dia, para que na fase eliminatória estejam preparados com força máxima”, destacou Bárbara.