O atual campeão brasileiro dos 100 m e 200 m rasos, Felipe Bardi (SESI-SP) fala nesta entrevista sobre a emoção de ter conquistado o XLI Troféu Brasil, suas expectativas para o Mundial de Oregon e a importância do Atletismo em sua vida.
Bardi revelou detalhes sobre a conquista da medalha de ouro quando ainda estava no Rio de Janeiro no final de junho. “Primeiramente eu estou muito feliz pelo título e agradeço a Deus por tudo que está acontecendo comigo. Há uns dois dias que eu passei um pouco mal, tive uma dor de estômago, vômito, diarreia e até pensei que eu não ia conseguir correr”, frisou Bardi.
Ele conta o que pensou antes de realizar as provas. “Passou um momento na minha cabeça que pensei: será que vou conseguir correr? Será que vou conseguir chegar na final, porque eu estava me sentindo meio mal, meio mole. Eu estou à base de remédios, mas Deus é maravilhoso e fiel, graças a ele consegui chegar a medalha de ouro”, revelou o atleta.
Feliz e realizado com a conquista no Troféu Brasil, Felipe Bardi aproveitou para agradecer ao seu clube, patrocinadores e equipe.
“Quero agradecer ao meu clube, o SESI-SP, Darci e Rosana nossos treinadores, a Marinha do Brasil que sempre está comigo, a Loterias Caixa e a todos, desde a equipe multidisciplinar que está sempre comigo, o Eloy fisioterapeuta, como eu costumo dizer: ‘o Bardi não corre sozinho’, eu tenho toda uma equipe que está por trás e que não é vista, mas que me fortalece muito todos os dias para que eu consiga chegar no resultado desejado”, declarou o velocista.
Importância da conquista
Bardi também ressaltou a importância de participar e chegar ao lugar mais alto no pódio da competição nacional.
“Fico feliz em ganhar meu primeiro Troféu Brasil, afinal o primeiro a gente nunca esquece. Graças a Deus fui o campeão dessa edição, era um sonho de moleque. Eu ia assistir o Troféu Brasil quando era no Ibirapuera, já fiquei muito na arquibancada assistindo grandes nomes do Atletismo como Ana Cláudia, Codó (José Carlos Moreira), Sandro Viana… É um sonho de criança e graças a Deus se realizou, pra mim é mais um título muito importante na minha carreira, glória a Deus por tudo”, agradeceu.
Vale lembrar que o velocista ‘bateu na trave’ em outras edições antes de garantir a medalha de ouro em 2022. “Já havia sido bronze e prata, mas o ouro ainda não tinha. É um título que eu brinco com a rapaziada, fui campeão Sul-Americano e não fui campeão do Troféu”, completa o atleta.
Expectativas para o Mundial de Oregon
Felipe Bardi será um dos velocistas brasileiros no Mundial de Oregon nos Estados Unidos, que acontecerá entre os dias 15 e 24 de Julho. Sobre a competição, ele abriu o jogo sobre o que está sentindo.
“As expectativas são as melhores, agradecer primeiramente a Deus por tudo que está acontecendo, não só comigo, mas com a equipe toda, principalmente os três velocistas do SESI-SP, inclusive agradecer ao meu clube por toda a estrutura e apoio que temos para treinar e conseguir nossos objetivos”, disse Bardi.
O atleta espera conseguir fazer sua melhor marca no Mundial. Para isso, ele garante que está em um bom momento. “Estou bem, treinando bem e me sentindo legal. Primeiramente quero melhorar minha marca e consequentemente pensar em final e medalha, tanto nos 100 m, nos 200 m e no revezamento 4 x 100 m. A gente tá trabalhando muito e temos chances de medalha, o time tá mais forte, mais rápido, o bastão tá andando mais rápido, temos chances claras de trazer essa medalha para o Brasil” afirmou o velocista.
O atleta revelou estar com foco total no Mundial e que tem treinado forte para representar bem o Brasil. Se depender de Bardi, vem título por aí.
“Estou bem focado, reta final agora, estamos só lapidando nos treinos e finalizando a preparação. Estou bem ansioso para o Mundial e eu sei que os atletas não serão diferentes dos Jogos Olímpicos, serão praticamente os mesmos adversários e isso deixa a competição muito mais forte”, garante.
Importância do Atletismo para Felipe Bardi
No Atletismo desde criança, o atual campeão brasileiro relembrou o começo da carreira e deu sua opinião sobre a importância do esporte em sua trajetória.
“O Atletismo é a minha vida, comecei cedo com 8 anos de idade, passei toda minha infância e juventude dentro do esporte e do Atletismo. Até joguei futebol antes do Atletismo, mas era bem novo, estudava meio período e treinava no outro período”, revelou.
“A velocidade sempre me chamou a atenção e é onde eu me sinto bem, quando estou correndo eu sinto que é a minha casa e o meu lugar. O Atletismo é a minha vida”, finalizou.