O futebol ‘arte’ e cinco títulos de Copa do Mundo reforçam a fama do brasileiro como habilidoso com os pés.
Com 13 anos em 1999, Fernando Luis Pinto dos Santos Junior, o Fernandinho, sonhava fazer sucesso com os pés. Não com a bola, mas aliando socos aos chutes. Três anos após iniciar nas artes marciais, fez a primeira luta de Muay Thai. E venceu. O tempo passou e o lutador promissor deixou de lado os golpes com os membros inferiores para investir nos punhos.
Teve uma fratura na tíbia, em 2012, voltou a lutar um ano depois e se encantou com o boxe em 2016, modalidade pela qual tornou-se profissional. Hoje, tem um cartel com cinco vitórias, todas por nocaute, e não é mais o Fernandinho, agora é o “Cruel”.
Fernando ‘Cruel’ é um dos maiores pugilistas da nova geração do Brasil e se prepara para lutar pelo título brasileiro do Conselho Nacional de Boxe e título continental da American Boxing Federation (ABF), dia 8 de junho. Antes, tem um compromisso neste sábado (18), no ginásio municipal de Cruz Alta, no interior do Rio Grande do Sul, durante a XV Fenatrigo.
Ele sobe ao ringue para enfrentar Bruno Pereira de Souza em combate de seis rounds, válido pela categoria super meio médio (entre 66.678kg a 69.853kg). “Será uma luta de retomada. Estou desde de agosto sem lutar. Não obtive resultados positivos em 2018, mas agora não irei desperdiçar as oportunidades. Quem sabe faz a hora!”, garante o atleta.
Para Fernando ‘Cruel’, aproveitar as oportunidades significa enfrentar desafios dentro e fora dos ringues. Na luta do dia 8 de junho, quando vai enfrentar Guilherme Castagnazzi pelos títulos brasileiro do Conselho Nacional de Boxe e continental da American Boxing Federation (ABF), ele é mais que um pugilista.
Ao lado de Marcelo Jabur, é organizador do evento que leva seu nome, o Cruel Fight Downtown SP, que será das 15h às 22h, no Complexo #9, um espaço revitalizado embaixo do Viaduto Julio de Mesquita Filho, no bairro da Bela Vista, na capital paulista.
Ingressos já estão à venda – O programa terá 12 lutas – quatro amadoras e oito profissionais – e os ingressos, a R$ 50,00, estão à venda pelo link https://cruelfight.eventbrite.com.br . A ideia é trazer um novo conceito para a modalidade. Entre os combates, destaque para a disputa de dois títulos brasileiros e um continental, da American Boxing Federation, dos Estados Unidos.
Por isso, contará com a presença do presidente da ABF, Jeremy Warren Lantz. O evento tem a supervisão do Conselho Nacional de Boxe e o matchmaker será Mike Miranda Jr.
Formado em Educação Física, o boxeador profissional e empresário Fernando é o responsável pela parte técnica na Cruel Fight.
Já o sócio Marcelo Jabur usa sua experiência em organização de eventos de entretenimento e corporativos para trazer glamour ao esporte, com música, iluminação especial e diversas atrações, paralelamente à competição em si. Juntos buscam um único objetivo: resgatar a história vitoriosa do boxe brasileiro.
Apelido – “Você é muito Cruel”. “Ontem você foi Cruel”. Fernando cansou de ouvir essas brincadeiras dos amigos na juventude, especialmente quando lutava. Ele adotou o apelido em redes sociais e endereço de e-mail. No Instagram, por exemplo, criou a conta “fernandinhocruel”.
Contudo nunca havia explorado o nome no meio do esporte. Após visitar a Califórnia e Las Vegas em 2016, descobriu o universo do boxe internacional. Observou que todos os atletas tinham o seu próprio nome, marca própria e nome de equipe. A partir daí adotou Fernando ‘Cruel’ e criou a Cruel Fight.