O Brasil tem, depois de onze anos, uma atleta entre as oito melhores do planeta no individual geral de ginástica artística. Nesta quinta-feira, em Doha, no Catar, Flávia Saraiva terminou a disputa do Campeonato Mundial em oitavo lugar, com a nota total de 54,366, na melhor posição do país nesta prova desde 2007, quando Jade Barbosa conquistou a medalha de bronze. Em Doha, aliás, Jade também esteve na decisão e fechou em 15º lugar.
Flavinha, como é conhecida, começou o dia nas barras assimétricas e conseguiu a nota de 13,000. Depois, foi para a trave, aparelho no qual é finalista olímpica. Sofreu uma queda e teve a nota de 13,000. Foi para o solo e, como de costume, levantou o público para tirar 13,833. Fechou o dia com um ótimo salto, 14,533, que a deixou em oitavo lugar no geral
“Estou feliz, acho que depois desta competição volto com muito orgulho. Saio do individual geral muito feliz, é importante estar entre as oito melhores. Tive uma queda na trave, mas acho que o resultado final representa um trabalho de toda a equipe. Não é só meu trabalho, é o trabalho de todo mundo” – disse Flávia.
A atleta, de 19 anos, ainda disputa, neste sábado, a final do solo, na qual conseguiu a classificação com a quinta melhor nota.
Outra brasileira na decisão do individual geral nesta quinta-feira foi Jade Barbosa, que fechou em 15º. A atleta, bronze nesta prova em 2007, não disputava essa decisão desde 2010, quando foi exatamente 15ª. Em Doha, conseguiu 12,933 na trave, aparelho que tinha sofrido uma queda nas eliminatórias, 12,100 no solo, 14,500 no salto e 13,333 nas barras assimétricas.
” Não fiz meus 100%, tem dois anos para a Olimpíada, mas estou feliz de fazer o salto do jeito que estou fazendo. Não fazia uma série de paralelas tão boa desde 2008. Competi três dias, me sinto saudável como não me sentia há muitos anos ” – disse Jade.
Além da final de solo de Flávia, o Brasil tem outras duas chances de medalha neste Mundial: nesta sexta-feira, Arthur Zanetti disputa as argolas e, no sábado, Caio Souza vai para o salto.
