Judoca do Verdão fatura ouro inédito para o Brasil no Mundial Paralímpico de Judô

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Alana Maldonado, judoca paralímpica do Palmeiras, fez mais uma vez história na modalidade. Neste sábado (17), a paratleta conquistou a medalha de ouro no Campeonato Mundial de Judô Paralímpico, para deficientes visuais, em Lisboa, Portugal. Líder do ranking internacional na categoria de peso médio (-70kg), a palestrina venceu todas as suas lutas na competição.

O caminho até o topo do pódio não foi fácil. Por ser cabeça de chave, Alana folgou na primeira rodada e estreou com triunfo sobre Zulfiyya Huseynova, do Azerbaijão. Em seguida, já pelas semifinais, venceu por ippon Lucija Breskovic, da Croácia, número oito do mundo.

Na decisão do ouro, a oponente foi a uzbeque Vasila Aliboeva, sexta colocada no ranking mundial. O combate foi duro para Alana, que perdia nas punições até os 28 segundos finais de luta. No entanto, a palmeirense conseguiu imobilizar a adversária e, assim, garantir o título da competição internacional de forma emocionante.

“Ainda não dá para acreditar. Tive um ano muito difícil, mas, com muita garra, conquistei meu objetivo. Acreditei até o fim e consegui mudar a luta. Estava bem cansada, não tinha mais forças, mas acreditei o tempo todo”, declarou a atleta, recuperada de grave lesão no joelho a tempo de disputar o Mundial.

Este foi o terceiro título internacional da paratleta desde sua chegada ao clube alviverde nesta temporada. Além do ouro no Mundial, Alana foi prata na Copa do Mundo Paralímpica e campeã do Grand Prix Internacional Paralímpico, disputado no mês de março, em São Paulo (SP), após derrotar todas as adversárias por ippon.

Destaque do judô nacional nos últimos anos, Alana, com apenas 23 anos, vem em ascensão meteórica e soma outras grandes conquistas na carreira, como a medalha de prata nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 e os ouros na Copa do Mundo 2017, no Uzbequistão, e no Open 2018, na Alemanha (todos na categoria 70kg).

Mesmo subdivididos em peso, os judocas deficientes visuais são classificados em três níveis: B1 (completamente cego e não consegue ver nem distinguir o formato de uma mão, visto ter percepção luminosa nula), B2 (consegue ver vultos e distinguir o formato de uma mão e B3 (capaz de definir imagens). Alana é portadora da doença de Stargardt (que degenera a visão central do indivíduo) desde os 14 anos e, por conta disso, pertence à categoria B2, já que a enfermidade não prejudica a visão periférica da paratleta.

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