Um dos momentos mais marcantes da história do esporte brasileiro em Jogos Pan-americanos aconteceu em Havana 91, quando a seleção liderada por Hortência e Paula conquistou a medalha de ouro derrotando as cubanas dentro de casa, sob os olhares do então presidente Fidel Castro.
Tendo como inspiração essa vitoriosa geração, que ainda conquistou duas medalhas olímpicas e um título mundial, o basquete feminino do Brasil chega à Lima 2019 com um novo comandante, José Neto, que colocará à prova sua nova filosofia de trabalho para retomar o caminho dos títulos.
“Minha expectativa é de ver como vai sair na prática essa nova metodologia que estou usando. É um novo processo que estou começando com o basquete feminino e o nosso maior termômetro são as meninas, que estão respondendo muito bem. Estamos vendo como elas estão se sentindo bem. Apesar de estar no início, temos uma boa expectativa para que as coisas deem certo”, acredita Neto.
Desde que o basquete feminino entrou nos Jogos Pan-Americanos, em 1995, a seleção brasileira sempre ficou entre as quatro melhores, mas não conquista uma medalha de ouro desde 1991, em Havana.
O melhor resultado desde então foi o vice-campeonato em 2007, no Rio. Para o treinador, os Jogos Pan-americanos são encarados como ponto fundamental para o processo de construção do basquete feminino, por isso convocou um time com as jogadoras que considera as melhores da atualidade.
“É uma competição importantíssima, que fizemos questão de vir com o que temos de melhor. Queremos resgatar essa hegemonia que o basquete feminino brasileiro tinha e a história que nosso basquete tem. Pouco a pouco vamos evoluindo, mas essa competição é muito importante para termos essa primeira resposta”, comenta o treinador.
Neto prefere não fazer projeções de até onde a equipe pode chegar no Pan, já que é sua primeira grande competição à frente do time. Porém, espera que o trabalho renda frutos em breve.
“Estamos pensando num processo a médio e longo prazo. Mas, isso não significa que temos que esperar muito as coisas acontecerem. Nós temos que fazer as coisas acontecerem”, projetou paulista de 48 anos.
Na fase inicial do Pan, o Brasil aparece no Grupo A e tem como primeiro adversário o Canadá, no dia 06 de agosto (terça-feira), às 15h30 (de Brasília). Na sequência, as brasileiras enfrentam Porto Rico, no dia 07 de agosto (quarta-feira), às 23h (de Brasília).
A Seleção Brasileira encerra sua participação na primeira fase diante do Paraguai, no dia 08 de agosto (quinta-feira), às 20h (de Brasília). Todos os jogos serão realizados no Coliseu Eduardo Dibós. A Chave B é composta por Argentina, Colômbia, Estados Unidos e Ilhas Virgens.
De acordo com o regulamento, na fase inicial os selecionados jogam entre si, em turno único e dentro das suas respectivas chaves; os dois melhores de cada uma delas se garantem na semifinal.
Na semifinal, que será disputada no dia 09 de agosto (sexta-feira), às 20h e 23h (de Brasília), acontecem estes cruzamentos: 1º colocado do Grupo A x 2º colocado do Grupo B e 1º colocado do Grupo B x 2º colocado do Grupo A.
Os vencedores disputam a medalha de ouro, enquanto os perdedores definem o ganhador da medalha de bronze, no dia 10 de agosto (sábado), a partir da 20h (de Brasília).
Seleção Brasileira Basquete Feminino
03. Isabela RAMONA Lyra Macedo (escolta)
05. Raphaella MONTEIRO da Silva (lateral)
07. Patrícia Teixeira Ribeiro, a PATTY (escolta)
08. Tainá Mayara da PAIXÃO (escolta)
09. LAYS da Silva (armadora)
10. Tatiane Pacheco Nascimento, a TATI (lateral)
11. Clarissa Cristina DOS SANTOS (ala/pivô)
12. Aline Cristina Cezário de MOURA (ala/pivô)
14. Érika Cristina DE SOUZA (pivô)
18. DÉBORA Fernandes da Costa (armadora)
24. Stephanie Carmen SOARES (ala/pivô)
77. Izabella Frederico SANGALLI (lateral)