Pelé, Tostão, Zico, Romário, Bebeto, Ronaldo e Rivaldo. Grandes gerações de jogadores fizeram do Brasil um país multicampeão no futebol, com esquadrões que encantaram o mundo e que são lembrados com grande apreço.
A partir do espetáculo dentro de campo, o único país pentacampeão do mundo foi apelidado como o “país do futebol”, não só por tudo que a seleção canarinho representa no cenário futebolístico, mas também por tudo que esse esporte representa para a população brasileira.
Contudo, a transformação no cenário do planeta bola é iminente. Desde 2002 sem um título mundial, o Brasil foi “ultrapassado” por novas potências mundiais. Erros técnicos, escândalos, jogadores sem condições ideais e a escassez de títulos fizeram a população brasileira perder, inclusive, o apreço que tinham pela seleção nacional.
Atualmente já não temos os melhores jogadores do mundo, tampouco os melhores técnicos. O comando da CBF é considerado uma vergonha mundial, as médias de público nos estádios nacionais são cada vez menores com ingressos mais caros. Mas e os nossos clubes? Esses estão longe de serem os melhores do planeta.
E o problema não para por aí. Nossas categorias de base, ou seja, o nosso futuro no esporte, já não formam jogadores como antes. Hoje em dia, nos deparamos com jovens superestimados que se perdem ao longo do caminho ou são vendidos para grandes potencias europeias antes mesmo de atingirem a maior idade. Com qualidade ou não, o Brasil exporta seu futuro sem pensar nas consequências.
Em suma, nada do que o “país do futebol” executa no esporte atualmente pode ser considerado como exemplo para o restante do mundo. Chegou a hora de admitir que os cinco títulos mundiais ficaram no passado, e que infelizmente há, muitos outros países fazendo um futebol e tudo que o cerca com mais qualidade que o Brasil. Com todo esse infeliz cenário, não é estranho ficar quase 20 anos sem ganhar uma Copa. Estranho foi ter vencido cinco.
Autor: Vitor Conde Neves
Curso de Jornalismo Esportivo – Senac Lapa Scipião
